Braga apresenta parecer do projeto que cria o Comitê Gestor do IBS; leia a íntegra

Eduardo Braga
Na imagem, o senador Eduardo Braga – Foto: Antônio Cruz via Agência Brasil

Por Gabriel Benevides, de Brasília

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) apresentou nesta 3ª feira (9.set.2025) o parecer do 2º  projeto de lei complementar de regulamentação da reforma tributária (PLP 108 de 2024).

A tramitação na Casa Alta começa a ganhar tração mais de 1 ano após ter sido enviada pelo Ministério da Fazenda.

O principal ponto do PLP é a criação do Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), formado por indicados pelos estados e municípios. O colegiado será responsável por fiscalizar e colocar em prática a execução do novo tributo.

Leia abaixo a íntegra do parecer de Braga:

Segundo o cronograma do senador, o texto será lido na 4ª feira (10.jul) na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). A sessão está marcada para 9h. A ideia é votá-lo no dia 17, para depois encaminhar ao plenário.

O texto então voltará à Câmara dos Deputados. Deve ser relatado por Mauro Benevides (PDT-CE), que cuidou do projeto quando passou pela 1ª vez na Casa Baixa.

A RUSGA ENTRE AS CIDADES

A maior razão pela demora da entrega do relatório foi um atrito entre representantes das cidades. O impasse durou meses e ainda não terminou. 

A rusga é entre a CNM (Confederação Nacional de Municípios) e a FNP (Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos). Diz respeito à indicação de 27 representantes das cidades para o comitê. 

A frente dizia haver um acordo político para indicar os 13 integrantes que entram com base nos critérios de número de habitantes. Já a confederação escolheria os 14 representantes diretos.

A CNM negou que houvesse esse entendimento. Queria fazer chapas para as duas categorias. Tampouco o projeto de lei complementar determinava uma divisão de forma clara.

A equipe do ministro Fernando Haddad tentou intervir em março ao convocar uma reunião com as duas entidades. Não deu certo e ambas ainda permanecem sem consenso.

Como mostrou o Portal da Reforma Tributária, a Fazenda se afastou do impasse e deixou uma eventual resolução nas mãos de Braga.

O acordo não se concretizou e os municípios estavam à espera se haveria pacificação no relatório. O que o texto determinar dirá se as entidades vão insistir na judicialização sobre o tema.

O atraso levou o Comitê Gestor do IBS a funcionar de forma parcial, só com os integrantes dos estados. Apesar disso, muitos servidores das prefeituras trabalham no colegiado “na surdina”.

Rolar para cima