
Por Redação
Durante o debate no Senado, a senadora Margareth Buzetti (PSD-MT) interveio e fez uma defesa do segmento de economia circular, sobretudo ao de reforma de pneus: “A pergunta que se faz é: qual é o meio ambiente que nós queremos? Qual é o ambiente de negócios que nós queremos? E por que não foi pensado nada nessa linha? Nós estamos com sérios problemas: pneus importados de baixa qualidade entrando, subfaturados”.
A congressista alertou haver risco de aumento nos preços em 20% se nada for alterado na reforma. O setor reforma 14 milhões de pneus por ano (fora os dos automóveis). “Mas eu estou preocupada. Nós somos 5 mil empresas na cadeia, e não sei como vai ficar se continuar desse jeito”.
Outra preocupação é a baixa geração de créditos no segmento. “A reforma permite a criação de crédito sobre a pessoa jurídica. Porém, para a pessoa física, não. E eu faço a reforma em cima do pneu do cliente. Eu não faço em cima… Eu não compro carcaça, reformo e vendo. Faço em cima do pneu do cliente, do transportador”.
O debate ocorreu nesta terça-feira (24.set) no Senado, em Brasília.
Baixo impacto para mudar
Na ocasião, a ABR (Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus) apresentou estudo que mostra que colocar o segmento no alíquota com redução de 60% no IVA teria um impacto mínimo de apenas 0,01% no IVA de referência (estimado em 27,98%).
“A redução da alíquota de 60% para o setor de reforma de pneus causaria um impacto insignificante, de apenas 0,01%, na arrecadação, mas os benefícios para o meio ambiente e a competitividade do setor seriam imensos,” destacou Lucas Ribeiro, que representa a entidade e também é CEO da ROIT.

Senadora promove reuniões e estudos
A senadora estuda apresentar emendas para acabar com o impacto da reforma tributária no setor e vem fazendo várias reuniões com grupos técnicos para dirimir a situação. O Portal apurou que as propostas devem ser apresentadas nos próximos dias aos senadores.

Veja o estudo
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