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Mais de metade da população aprova isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil

Presidente Lula – Foto: Ricardo Stuckert via PR

Por Enzo Bernardes

Um estudo feito pela Paraná Pesquisas indica que 68,2% da população aprova a isenção do Imposto de Renda para aqueles que ganham até R$ 5 mil, mudança apresentada pelo presidente Lula na proposta da reforma do IR. A pesquisa foi divulgada no dia 24 de abril e contou com a opinião de 2020 eleitores, dos 26 estados do Brasil mais o Distrito Federal, ouvidos entre 16 e 19 de abril de 2025. O nível de confiança é de 95%, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa constatou também que 24,5% da população não concorda com a isenção do IR para até R$5 mil de renda mensal e 7,3% não souberam ou não quiseram opinar. Os resultados são similares aos de outra pesquisa, também feita pelo Instituto, em janeiro. Na ocasião, 67,0% aprovavam, 23,2% desaprovavam e 9,8% não souberam ou não quiseram opinar.

Além disso, 73,1% afirmaram ter conhecimento sobre o anúncio da proposta, enquanto 26,9% disseram não conhecê-la. Na pesquisa de janeiro, 60,8% afirmaram conhecer a proposta enquanto 39,2% não conheciam.

Confira a pesquisa na íntegra:

Entenda a proposta da reforma do IR

Caso seja aprovada, a partir de 2026, quem ganhar até R$ 5.000,00 por mês não precisará mais pagar Imposto de Renda. Hoje, a faixa de isenção é até R$ 2.259,20. Isso seria compensado a partir da taxação dos “super-ricos”, pessoas que possuem renda acima de R$ 600 mil por ano. A tributação mínima para altas rendas funcionará de forma progressiva e só começará a ser aplicada para rendimentos acima de R$ 600 mil por ano. Além disso, para quem ganha entre R$ 5.000,00 e R$ 7.000,00, haverá um desconto parcial, reduzindo o valor pago atualmente.

Sendo aprovada a reforma, 10 milhões de brasileiros serão beneficiados pela isenção do Imposto de Renda. Somando aos 10 milhões já beneficiados pelas mudanças de 2023 e 2024, serão 20 milhões de pessoas que deixam de pagar Imposto de Renda. Em contrapartida, 141 mil pessoas, que fazem parte do grupo dos “super-ricos”, passarão a contribuir pelo patamar mínimo.


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