Por Redação
Medida Provisória que eleva a alíquota da CSLL das instituições de pagamentos deve reduzir lucros de Nubank, XP e B3. A informação foi elaborada com base na análise dos especialistas do JPMorgan, segundo o Estadão, que consideram a medida negativa. Os analistas chegaram aos seguintes números de redução de lucros:
B3
A B3 sofrerá uma redução de 7% a 8% dos lucros, onde a queda de lucros é calculada prevendo que não haja repasse do imposto via preços para os clientes ou outras medidas para compensação da nova taxa, que para a bolsa deve subir de 9% para 15%, de acordo com especialistas do JPMorgan. O Itaú BBA tem a mesma estimativa para a empresa, com redução de 7% no lucro devido ao novo imposto.
XP
Sofrerá redução de 10% do lucro, de acordo com o JPMorgan. Conforme o Itaú BBA, a empresa deve ser impactada por atuar no exterior, enfrentando um aumento na alíquota de 15% para 25%:
“Isso inclui principalmente a XP, que utiliza esses fundos (também conhecidos como Coliseu) como contraparte para operações locais. Aproximadamente dois terços dos lucros antes dos tributos (EBT) da XP vêm desses veículos. É claro que esse assunto e suas interpretações ainda podem mudar, mas isso pode gerar um impacto de cerca de 10% no lucro líquido da XP”, dizem Pedro Leduc, William Barranjard e Mateus Raffaelli, que assinam o relatório do BBA.
Nubank
O JPMorgan estima que o Nunbank sofrerá redução de 5% a 7% do lucro. Somando o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), a alíquota total de tributos para instituição financeira no Brasil passará de 40% para 45%. Já o Itaú BBA calcula que o Nubank deve apresentar queda de 6% do lucro pelos mesmos motivos.
