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Reforma do IR tem como espinha dorsal a isenção de R$ 5k; A compensação está em aberto

Arthur Lira durante evento sobre a reforma tributária do Imposto de Renda, do qual é o relator na Câmara – Foto: Douglas Rodrigues via Portal RT

Por Douglas Rodrigues, de Brasília

O ex-presidente da Câmara e agora relator da reforma do Imposto de Renda, Arthur Lira (PP-AL), avalia que a espinha dorsal da proposta enviada por Lula é a isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês.

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) sugeriu compensar essa medida financeiramente tributando os mais ricos, que ganham acima de R$ 50 mil por mês.

Para Lira, o modelo exato de compensação será ainda definido pelo parlamento. 

“Ninguém vai votar contra os R$ 5 mil; esquece!”, disse Lira.

O deputado falou sobre o tema durante almoço, nesta quarta-feira (7), da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado, no qual o Portal esteve presente.

  • Senado – O congressista sugeriu que o Senado já escolha o relator da Casa para debater o projeto em conjunto e ganhar celeridade.
  • Urgência – Lira explicou que o pedido da retirada do Regime de Urgência –solicitado por Lula– foi apenas uma medida para permitir maior debate na comissão que trata do assunto.
  • Votação – O relator quer votar o projeto completamente até setembro -por causa da noventena e do princípio da anterioridade, que defini um prazo para o Congresso e o Executivo implementarem um novo tributo. Lira, por outro lado, diz que o projeto deve ser votado tanto na Câmara como no Senado até dezembro -no pior das hipóteses.

O senador Izalci Lucas (PL-DF) pediu para Lira incluir os contadores na rodada de debates na Câmara. Segundo Izalci, é esse profissional que irá lidar no dia a dia com a mudança.

Muitos deputados defenderam um corte de gastos do lado do governo para não precisar aumentar os impostos. O deputado Ricardo Sales (Novo-SP) criticou que a gestão do PT sempre “foge” do ajuste fiscal, criando exceções: “E a sociedade formal é sempre chamada para pagar a conta”.

“O governo precisa cortar na carne”, afirmou Any Ortiz, deputada federal pelo Cidadania-RS.

O ex-ministro Adolfo Sachsida afirmou que não tem necessidade de aumentar tributos. Citou que o governo Lula aumentar o governo público em relação ao PIB (Produto Interno Bruto).

Presidente da Frente, a deputada Caroline De Toni (PL-SC) apresentou uma série de sugestões para o Projeto de Lei, como:

  • Atualização da tabela do IR pela inflação desde 1994 + atualização automática para os próximos anos;
  • Proteção dos lucros passados, como forma de dar segurança jurídica;
  • Redução dos gastos públicos para financiar a compensação.
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